Educação financeira para crianças
Como ensinar educação financeira a uma criança
Todo o pai deseja ver os seus filhos felizes e bem-sucedidos na vida. Mas será que está preparado, para fazer com que isso aconteça? Afinal, os nossos filhos terão que viver num mundo, onde o conhecimento é um fator importante na tomada de decisões. Será que os seus filhos, sabem o suficiente sobre o mundo das finanças? Eles sabem como lidar e proteger o dinheiro, de uma forma eficiente?
O que significa ter “inteligência financeira”?
O termo “alfabetização financeira” remete a aquisição do conhecimento e das habilidades que alguém deve ter, para tomar decisões financeiras conscientes. Assim como, para alcançar a liberdade financeira.
Uma pessoa que tem educação e consciência financeira é aquela que:
- sabe administrar o seu património, preservá-lo e multiplicá-lo;
- mantém um controle eficiente das suas receitas e despesas;
- compreende e contorna a situação económica do país;
- ser capaz de reconhecer sinais de fraude financeira;
- cumpre as suas obrigações como contribuinte;
- conhece os serviços bancários.
Por muito tempo, considerou-se que apenas os profissionais no ramo financeiro e os bancários, deveriam ter conhecimentos de finanças. No entanto, de acordo com os resultados de um estudo da OCDE, embora 67% dos entrevistados de diferentes países, admitam planejar seus gastos com cuidado, apenas 49% faz algum tipo de planejamento financeiro. Além disso, cerca de 4%, em média, já foi alvo de uma fraude, chegando este percentual a 22% em alguns casos. Todos esses indicadores demonstram que a população atual possui pouco, nenhum conhecimento, ou habilidade financeira.
Portanto, atualmente, há um grande incentivo ao desenvolvimento de uma educação financeira entre a população adulta, e também entre a geração mais jovem. É fácil encontrar publicações destinadas ao público infantil, além de jogos e aplicativos que ensinam os princípios básicos da educação financeira. Crescem também, os sites e cursos online sobre gestão de finanças pessoais, ficando cada vez mais nítida, a intenção de educar melhor os adultos e não só.
Educação financeira para crianças
O mundo das finanças parece distante para uma criança, mas apenas à primeira vista. Na verdade, os filhos são muito afetados pelas escolhas financeiras da família. Esses reflexos são percebidos quando vão a uma loja com os pais, assistem a anúncios da TV, ou recebem dinheiro de presente dos avós.
Por que ela é importante?
Portanto, é importante ensinar mais às crianças sobre como lidar com o dinheiro, o que já é possível ser feito a partir dos 5 ou 6 anos de idade. Nesta idade, eles começam a adquirir as habilidades de pensamento lógico e apresentam um grande interesse pelo mundo dos adultos.
A educação financeira é construída à medida, em que a criança cresce e passa por várias fases da sua vida: a sua primeira ida sozinha ao shopping, o pagamento dos transportes para a escola, o controle da sua mesada, etc.
O que uma criança deve saber?
Agora, vamos falar sobre o que as crianças precisam de saber, sobre o mundo das finanças. Toda a informação necessária pode ser dividida em 5 grupos principais.
Primeira categoria: conhecimento sobre dinheiro
- quais os tipos de moeda que existem;
- como usar o seu dinheiro;
- como contabilizar o dinheiro;
- formas inteligentes de gastar dinheiro;
- a importância de poupar o seu dinheiro;
- formas de proteger o seu património.
Segunda categoria: conhecimento sobre necessidades
- quais são os tipos de necessidades;
- necessidades e oportunidades de uma pessoa.
Terceira categoria: conhecimento sobre compra de bens
- conhecer conceitos como “preço”, “compra” e “oferta”;
- fatores que afetam os preços dos produtos;
- como saber se um produto é de boa qualidade.
Quarta categoria: conhecimento sobre trabalho
- conhecer os tipos de trabalho que existem;
- entender a diferença entre trabalho e profissão;
- como medir a sua produtividade;
- estar familiarizado com o conceito de salário.
Quinta categoria: conhecimento sobre orçamento
- o que é orçamento e como montar o seu;
- acompanhar as despesas e receitas da família;
- conhecimento sobre fontes de renda;
- aprender a viver dentro do orçamento familiar.
Edição: Paula Gouveia